Você sabe como replantar orquídeas? As orquídeas são flores lindas, exóticas e muito exuberantes. Não há quem não se apaixone e não deseje comprar ou ganhar de presente. No entanto, depois de levar o vaso para casa, muita gente não sabe como cuidar direito da planta, principalmente se deve replantar ou transplantar para outro vaso.
Embora pareça difícil o cultivo, as orquídeas são fáceis de cuidar, desde que sejam respeitados alguns detalhes de cuidados específicos para preservá-la. Como por exemplo, o seu replantio em um novo vaso deve ser feito apenas em certas circunstâncias.
Isto é, elas podem ser divididas e transplantadas como qualquer outra planta, mas por serem mais sensíveis, esse processo deve ser feito com cuidado e na fase certa para evitar danificar suas raízes.
Isso porque o replantio de uma orquídea é a essência do seu cultivo e uma das operações mais importantes para a sua manutenção, fator determinante para voltar a florir ou se manter saudável até a próxima floração.
Assim, pode-se dizer que o sucesso ou fracasso no seu cultivo se deve à qualidade do seu replantio ou transplante. Mas, independente do tipo de vaso ou de substrato usado, será preciso fixá-la bem.
Ela tem que estar firme no vaso, tronco, madeira ou casca, firmemente amarrada em tutores até que seja enraizada. Tudo isso porque o sucesso do seu desenvolvimento está nesse enraizamento. E como as pontas de suas raízes são sensíveis, qualquer dano pode fazer com que ela pare de crescer, como o atrito com o substrato ao vento.
Além disso, sem raízes saudáveis, a orquídea deixa de absorver água e nutrientes, ficando mais suscetível à doenças. Quer saber como replantar orquídeas de forma adequada e garantir a saúde e a beleza de suas flores? Então, leia a seguir!
Qual o momento certo para replantar orquídeas
Digamos que você tenha comprado ou ganhado uma linda orquídea, cheia de flores, mas passado alguns dias, você deseja trocá-la de vaso. No entanto, além de saber como cuidar de orquídeas e mais importante do que saber como trocar a orquídea de vaso, é entender quando o replantio é realmente necessário.
Isso porque todos os tipos de orquídeas são plantas bem sensíveis quanto ao seu local de cultivo, seja ele onde for. Assim, replantar orquídeas pode causar traumas e desgastes nelas. Por isso, a ação costuma ser evitada ou feita somente em situações específicas.
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Por outro lado, retardar a hora do replantio pode também fazer a planta sofrer muito mais. Dessa forma, saber quando e como replantar orquídeas adequadamente é essencial para o sucesso de seu cultivo, já que muitos exemplares são perdidos por ignorarem a hora certa de fazer o replantio.
Na verdade, as orquídeas só devem ser replantadas quando você observar que o substrato está deteriorando as suas folhas e pétalas das flores, ou quando você notar suas raízes e corpo estão crescendo para fora do vaso.
Além disso, se a sua aparência estiver sem vigor, é sinal de que o substrato não presta mais, se fazendo necessário a troca ou o replantio da planta. Em outras palavras, a orquídea precisa ser replantada quando:
- A planta cresceu demais e não está mais cabendo no vaso;
- O substrato está velho (costumam durar de 1-2 anos);
- A planta está se desenvolvimento de forma inadequada;
- A planta está doente;
- O vaso caiu e quebrou;
- Em caso de vasos coletivos para vasos individuais;
De qualquer forma, há de se considerar duas categorias de replantio dentro dessas situações todas: o Eletivo e o Emergencial.
Como replantar orquídeas de forma eletiva
Nessa forma de como replantar orquídeas é possível escolher o momento certo para fazer o replantio ou transplante para outro vaso. Neste caso, observa-se quando a planta está emitindo brotos e raízes novas.
Isso indicará que a planta não está em dormência e que logo irá recuperar o enraizamento, fator muito importante para manter o seu crescimento.
Algumas espécies do gênero de orquídeas Cattleyas são especialmente sensíveis ao replantio na fase errada (Cattleya leopoldii, Cattleya guttata, Cattleya bicolor), pois elas entram em período de dormência após a floração, e caso sejam replantadas podem morrer.
Como replantar orquídeas de forma emergencial
Neste caso, o replantio é feito como um último recurso para evitar que a orquídea morra, no caso de doenças ou raízes danificadas. No caso de podridão, por exemplo, deve-se retirar todo o substrato, lavar a planta e deixá-la secando à sombra por alguns dias, a fim de tentar salvá-la.
Obviamente, como não se teve a chance de observar a época ideal de replantio, resta apenas torcer para que ela se recupere e volte a ficar saudável novamente.
Principais fatores para o replantio de orquídeas
Como vimos, as orquídeas são transplantadas à medida que crescem e superam os seus vasos ou meio de cultivo, entre outros motivos. Basta observar quando os corpos reais da planta, e não apenas raízes, crescem sobre as bordas do vaso.
Uma outra razão para o transplante seria para quebrar o meio de cultura para que o ar possa circular melhor a fim de secar as raízes adequadamente entre as regas. Isso porque as orquídeas exigem uma boa drenagem para evitar ficar com as raízes encharcadas e levar à podridão.
No entanto, a melhor época para transplantar é depois que ela começa a demonstrar sinais de crescimento, com a aparição de novos brotos e pontinhas verdes nas raízes. O importante é NUNCA transplantar uma orquídea ainda em flor.
Apesar do processo de como replantar orquídeas ser um pouco mais complicado do que com outras plantas típicas de casa, basta observar com atenção os principais fatores para o seu replantio, são eles:
Substrato “vencido”
Chamamos de substrato “vencido” quando ele se desintegra e se compacta, não sendo mais capaz de fornecer a circulação de ar adequada para secar as raízes. Sem boa circulação de ar no solo ou no vaso, elas correm risco de apodrecer.
É normal o substrato se decompor depois de algum tempo (1-2 anos), ficando mais ácido. No entanto, essa acidez pode prejudicar as raízes da orquídea. Então, o ideal é substituir o substrato velho por um novo, além da troca de vaso, caso este esteja pequeno.
Além disso, a escolha do substrato mais adequado é fundamental para o replantio da sua orquídea. Por isso, além da espécie é preciso identificar o tipo de orquídea (orquídeas epífitas, orquídeas terrestres ou rupícolas).
Embora as orquídeas epífitas sejam a grande maioria comercializada, caso não consiga identificar o seu tipo de orquídea, opte por substratos prontos, normalmente encontrados em supermercados, garden centers ou floriculturas.
Falta de espaço
Como qualquer outra planta saudável, a orquídea também cresce e pode começar a sair para fora do vaso, canteiro ou suporte em que está plantada. Com isso, ela corre o risco de suas raízes ressecarem e morrerem por conta de falta de água e nutrientes.
Outro fator de risco nessas condições é a orquídea acabar se “adaptando” ao modo de vida aéreo e quando voltar para o vaso, acabar morrendo (salvo algumas espécies que possuem raízes aéreas). Por isso, não demore para fazer o transplante de vaso.
Tamanho do vaso
Ao transplantar a orquídea, a escolha do novo vaso é importante para manter o seu desenvolvimento. Ele deve ser pelo menos 2 cm maior que do vaso antigo e, se possível do mesmo material para facilitar a adaptação.
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Além disso, tente não escolher um vaso for muito grande, pois somente as raízes crescerão e ela não irá florescer. Sem esquecer que os vasos devem boa drenagem ou furos na lateral e abaixo, para que as raízes respirem e não apodreçam.
Vale lembrar que algumas orquídeas fazem a fotossíntese por meio de suas raízes, neste caso opte por vasos de vidro ou plástico translúcido para facilitar a passagem da luz do sol. Os cachepots de madeira ou fibra de coco também são muito utilizados, pois as flores costumam se desenvolverem melhor e o substrato durar por mais tempo.
Doenças e falta de crescimento
Caso a planta não esteja se desenvolvendo bem, seja por falta de espaço, doença ou local inadequado, tente primeiro identificar a causa antes de replantá-la.
No caso de falta de espaço, escolha um novo vaso observando os critérios anteriores. Se o local parecer inadequado, escolha um outro local para ela ficar obedecendo os critérios de cultivo baseados na sua espécie.
De um modo geral, orquídeas gostam de locais bem iluminados, porém sem incidência direta do sol, com boa umidade relativa do ar, ventilação e temperaturas amenas.
Já em caso de doenças, é preciso ter mais cuidado ao realizar o replantio. A planta deverá ser limpa em água corrente e ter as partes danificadas todas removidas com materiais estéreis para não propagar a doença. Além disso, ela deverá ter um vaso só para ela e ser isolada das outras até que volte a ficar saudável.
Separação de mudas ou espécies
Algumas espécies de orquídeas podem ser plantadas em vasos coletivos, até mesmo de espécies diferentes. Mas caso elas cresçam demais para o local de cultivo, é necessário colocá-las em vasos individuais.
Espécies de orquídeas com pseudobulbos podem ser divididas, desde que as mudas fiquem com pelo menos 3 em cada planta e uma quantidade suficiente de raiz saudável para voltar a crescer em seus novos vasos.
Como replantar orquídeas adequadamente
Determinado o momento certo para fazer o transplante, está na hora de aprender de fato como replantar orquídeas. Como esta é uma ação crucial para o sucesso do seu cultivo daqui para frente, é preciso se preparar para isto de acordo.
Dependendo do local, tente espalhar algumas folhas de jornal pelo chão para facilitar a limpeza depois. Depois, separe todo o material que vai usar: substrato, borrifador com água para rega, adubo (se necessário), tesoura de corte, faca, vaso, etc.
Agora é só seguir os critérios abaixo:
Desprendendo as raízes
Como o enraizamento da orquídea é um fator crucial para a sua adaptação e desenvolvimento saudável, com o tempo suas raízes aderem bastante ao vaso ou local de cultivo, ficando mais difícil de remover a planta.
Assim, desprender as raízes da orquídea do substrato e do seu vaso ou cachepot é uma das etapas mais difíceis, mas nada impossível. Uma boa dica é colocar o vaso embaixo da água corrente por alguns minutos para que elas sejam preservadas e fiquem mais fáceis de desprender.
Quanto mais molhadas estiverem as raízes, mais fácil elas irão se soltar e você correrá menos riscos de machucá-las.
Removendo a orquídea do vaso
Depois de ter deixado a planta de molho, vire o vaso de cabeça para baixo e vá desenvasando a orquídea com cuidado, pressionando ligeiramente o vaso com toques firmes nas laterais. Você pode usar uma faca sem ponta e sem serra esterilizada para ir afrouxando a planta gentilmente, caso alguma parte ainda esteja presa.
Caso ainda sinta que tenha que fazer muita força, tenha paciência. Molhe mais um pouco por alguns minutos, o ideal é não machucar as raízes e preservá-as ao máximo para que elas sobrevivam no novo vaso.
Limpando e cortando as raízes
Depois que você conseguir retirar a planta do vaso é importante retirar com cuidado todo o substrato velho das raízes e qualquer outro resíduo.
Para isso, lave a planta em água corrente para retirar todas as toxinas e excessos de adubos que tenham se acumulado com o tempo. Muitas vezes é possível observar bons resultados logo após umas simples lavagem. As orquídeas costumam reponder com a emissão de novas raízes em poucos dias.
Caso as raízes estejam secas ou machucadas, corte todas as partes secas e mortas, assim como as folhas. O ideal é sempre utilizar uma ferramenta esterilizada e bastante afiada para não macerar o local do corte.
As raízes muito longas devem ser cortadas em um tamanho em torno de 5cm. Após cortá-las, o ideal é deixar que sequem a sombra por uns dois dia, a fim de cicatrizar o corte. Se não for possível, evite molhar o substrato nos dias seguintes após replantá-la, e apenas borrife água nas folhas para minimizar a desidratação.
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Caso o cultivo da orquídea seja em brita, não há deterioração do substrato. Assim, caso as raízes estiverem saudáveis formando um torrão, será possível retirá-las sem precisar desmanchar, colocar em um vaso maior e só completar com mais britas.
Preparando o vaso
Prepare o novo vaso. No caso de um vaso novo, enxágue em água corrente e retire toda poeira, sujeira ou qualquer resíduo e deixe secar. Se for um vaso de cerâmica ou barro, deixe de molho na água de um dia par ao outro para reter mais umidade.
O mesmo serve para cachepôs de fibra de coco, eles devem ser umedecidos antes para hidratar a fibra antes do replantio.
Caso ele já tenha sido utilizado alguma vez, eles podem ser reutilizados desde que se tome algumas precauções para evitar a propagação de doenças.
Assim, independente do tipo de vaso, lave por completo para retirar todos os resíduos (restos de substratos e raízes). Depois, deixe os vasos do molho em uma mistura de 100ml de água sanitária para cada litro de água por 30min.
No caso de vasos de barro, elem podem ser colocados no fogo, deixando esfriar naturalmente.
Vale lembrar que cachepôs e pedaços de madeira, normalmente não podem ser reutilizados por causa da decomposição da superfície. Já para reutilizar cascas (peroba, sucupira), repita o mesmo processo de limpeza e esterilização dos vasos.
Leia mais: Como Plantar Orquídeas em Troncos? Veja Aqui!
Garantindo a drenagem do vaso
Embora já dissemos que o vaso escolhido para o replantio deve ter furos, é importante adicionar um material no fundo para aumentar a drenagem e afastar o risco das raízes ficarem encharcadas pelo acúmulo de água, principalmente se o seu cultivo for desprotegido da chuva.
Para tanto, utilize um tipo de material inerte como brita, isopor, cacos de vasos, entre outros, até a altura de pelo menos um terço do vaso. Sendo que os vasos mais rasos, como as bacias, necessitam de menos camadas de drenagem.
Colocando um novo substrato
Para um crescimento saudável após o replantio, a planta deve estar totalmente limpa, sem resquícios do substrato antigo. Feito isso, basta colocar o novo substrato e replantar a orquídea.
Mas antes, você deve escolher o substrato mais adequado ao seu tipo de orquídea. Você pode comprar substrato pronto ou fazer a sua própria mistura, mas em ambos os casos deve umedecê-lo antes de colocar no vaso.
Os melhores substratos são casca de pinus, brita, argila expandida, esfagno, fibra de coco, entre outros. Após preparar o substrato mais apropriado, meça a quantidade adequada para o novo vaso.
Coloque a mistura no vaso aos poucos, ajeitando com os dedos. Primeiro, coloque cacos de cerâmica, brita ou argila expandida no fundo do vaso para facilitar a drenagem. Depois, preencha um pouco mais com o substrato escolhido antes de acomodar a planta. Por fim, depois da planta acomodada, coloque todo o resto até preencher o vaso por completo.
Acomodando a planta no vaso
Depois de preparar o vaso e colocar parte do substrato, você deve acomodar a planta com muito cuidado. Acomode as raízes mais antigas em direção ao fundo do vaso, deixando que as raízes mais novas fiquem em direção das laterais. Deste modo, elas terão mais espaço para crescer.
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Observe que a orquídea deve ocupar algo em torno a 2 terços da boca do vaso, e nunca seja enterrada nele. Basta observar que no seu cultivo natural, por exemplo, suas raízes nunca estão cobertas. Portanto, obedeça os mesmos critérios para o cultivo em vasos.
Acomode a planta de modo que as raízes fiquem por cima do substrato e, se quiser, preencha o vaso com o restante do substrato para que ele se acomode ao redor delas.
Certifique-se de que a orquídea esteja bem fixa, usando arrames e tutores (estaca) para ajudar a fixá-las. Mas, nunca enrole as raízes dentro do vaso, elas com certeza ficarão sufocadas e apodrecerão, afetando o crescimento de todas as raízes novas.
Recomenda-se também que os brotos da orquídea não fiquem encostados no substrato, para que fiquem mais aerados e com menos risco de ataque por fungos e bactérias.
Neste período de adaptação ao novo ambiente, recomenda-se também suspender a adubação até que a planta esteja bem enraizada. Ao final desse processo, a planta deve permanecer em pé e bem firme.
Observando o lado de crescimento da orquídea
É preciso observar a direção de crescimento da planta, que será sempre para o lado de maior luminosidade, procurando muitas vezes o sol da manhã.
Além disso, observe a direção da gema dianteira, já que o crescimento partirá de lá para frente. Assim, procure deixar essa parte da sua orquídea o mais longe possível da borda do vaso ou do final de uma pedaço de madeira ou casca na qual estiver plantada.
Fazendo isso você evita o risco de trocar de vaso precocemente, já que todo replante traumatiza a planta e de alguma forma atrapalha o seu desenvolvimento. Já para as espécies de orquídeas de crescimento monopodial, como as Vandas e Phalaenopsis, você pode colocá-las no centro do vaso.
Finalizando com as regas e local adequado
Regue imediatamente a planta depois de replantar para remover fungicidas ou resíduos de adubos pelos compostos.
Além disso, o ideal é deixar as orquídeas recém-transplantadas na sombra por 7 a 10 dias, regando sempre com cuidado com spray. Depois mova as plantas de volta para a luz do sol, conforme indicado para a sua espécie e retome a rega regular.
Pronto! Agora você já sabe como replantar orquídeas e já pode começar a sua coleção. Quem sabe você não cria o seu próprio orquidário em casa! Experimente e volte depois aqui para nos contar os resultados!