O anteprojeto de uma obra é parte importante dela. Sem ele, a construção pularia uma etapa essencial na definição da planta baixa, fachada do imóvel e mais.
Aliás, antes de tudo, é preciso dizer que o anteprojeto é um conjunto de documentos. Ele apresenta diferentes arquivos necessários para uma obra, e vai ajudar a definir projetos hidráulico e mais.
O anteprojeto vem logo depois da primeira planta da obra, o primeiro desenho do que será executado. Ele aprofundamento de um projeto de imóvel e vai contar com informações como as medidas da estrutura, se as paredes serão de blocos de concreto, se terão laje, pé direito duplo etc.
Falamos mais sobre a importância e as características do anteprojeto logo mais. Continue lendo!
Para que serve o anteprojeto?
Como citado antes, o anteprojeto é um projeto mais técnico de um projeto arquitetônico. Por isso, ele traz as dimensões e características gerais do planejamento para a obra.
Só após a aprovação desse planejamento que o arquiteto pode dar continuidade aos demais projetos. Isso porque, depois do anteprojeto, virão os planejamentos hidráulicos, elétrico etc.
Se todos esses planejamentos fossem feitos de uma só vez, o arquiteto correria o risco de ter que fazer muitas mudanças. Afinal, se o cliente não aprovar o anteprojeto, todos os demais planejamentos precisarão ser adaptados.
Por isso os planos de uma obra são feitos por etapas. Após a primeira ser aprovada, as demais podem ser iniciadas com mais segurança, e sem retrabalho.
O anteprojeto precisa trazer uma planta de todos os pavimentos que serão construídos no imóvel. Além das medidas em metros, ele deve indicar a área estimada para cada cômodo, a estrutura necessária para ele e a volumetria.
Isso vale para áreas internas e externas da construção. Logo, também será preciso projetar ambientes como a garagem e o jardim.
Nessa etapa, ainda será possível indicar a quantidade e materiais necessários para a construção. Como o número de sacos de argamassa, caixas de azulejo e outros. Informações assim são importantes pois permitirá ao consumidor já prever o seu gasto, mesmo que de forma ainda muito preliminar.
O que um anteprojeto precisa ter?
Assim como explicamos, o anteprojeto é o primeiro planejamento que uma obra precisa. Por meio dele, o arquiteto consegue estabelecer os cômodos e medidas da obra. Enquanto isso, o usuário pode visualizar a planta e fazer mudanças, antes que projetos mais detalhados sejam estabelecidos.
Para atender a essa demanda, o anteprojeto de uma obra precisa contar com alguns documentos-base. São eles: a planta baixa, de Cobertura, Localização e a planta de situação. Veja abaixo.
1. Planta baixa
A planta baixa de um imóvel é um desenho da divisão de seus cômodos. Funciona como se o imóvel tivesse sido cortado a 1,5 metro do chão, horizontalmente, e agora víssemos ele de cima.
Então, é possível ver a divisão de paredes, a localização das portas e janelas. Com o desenho, o cliente e arquiteto podem verificar se o formato e tamanho de cada cômodo é mesmo o esperado. Se não, será possível fazer modificações no projeto.
Na planta baixa, também serão indicadas as medidas do ambiente. Como a extensão das paredes e a largura de cada uma dela. Dessa forma, será possível estabelecer a área dos ambientes e verificar o necessário para a sua construção.
Se o arquiteto desejar, pode também produzir a chamada planta humanizada do imóvel. Nela, além das paredes e medidas, o projeto apresenta o posicionamento dos móveis, da decoração, cores, tipo de piso etc. Tudo representado por meio de desenhos bastante detalhados.
Para estabelecer esse tipo de planta, é preciso utilizar softwares específicos, como o AutoCAD. Mas os programas são bastante intuitivos, o que facilita o trabalho do arquiteto.
A vantagem da planta humanizada é que ela torna o projeto mais realista. Então, fica mais fácil visualizar qual será o resultado do imóvel após a obra. Saiba mais sobre a planta humanizada neste nosso texto sobre o assunto.
2. Planta de cobertura
A outra planta necessária no anteprojeto é a planta de cobertura. Ela representa nada mais do que o telhado do imóvel.
No desenho da cobertura, devem aparecer todos os elementos que ficarão sobre o telhado. Isso inclui, por exemplo, uma chaminé, calhas e canalizações, reservatório de água, beiral e o que mais se fizer necessário.
Com base nesse planejamento, será mais simples definir qual a estrutura necessária para sustentar o telhado. Assim como os materiais que deverão fazer parte da construção. Além, é claro, do tipo de telha que será utilizado.
3. Planta de localização
Já a planta de localização é aquela que estabelece o imóvel em um espaço, indicando o que haverá ao seu redor.
Em que ponto do terreno a obra será realizada? Haverá um jardim em volta? Onde ficará o portão para saída do terreno? Será preciso construir um muro? Se sim, onde e como ele será estabelecido?
Perceber essa localização é importante porque permitirá planejar melhor os componentes da estrutura. Um imóvel construído muito colado à rua, por exemplo, vai precisar de melhor isolamento acústico. Do contrário, o conforto sonoro dos usuários do ambiente pode não ser completo.
4. Planta de situação
Por fim, a planta de situação deverá indicar a localização do imóvel em relação ao redor do terreno. Esse planejamento vai permitir indicar aspectos como as construções existentes no local, as restrições governamentais para a obra, o ângulo do terreno e outros.
Pontos essenciais do anteprojeto
Além das plantas explicadas antes, o anteprojeto precisa contar com outros dois planejamentos de um imóvel. Primeiro, o Corte, e também a Fachada do imóvel.
Mas é preciso lembrar que todo o anteprojeto é apenas um plano preliminar da estrutura de um imóvel. Ele pode e deve passar por modificações, sempre que elas forem necessárias.
Apenas com um anteprojeto bem estabelecido e aprovado pelo cliente o arquiteto poderá estabelecer os demais planos necessários para a execução da obra.
Neste caso, estamos falando do projeto arquitetônico propriamente dito. Ele é subdividido em projeto legal, executivo e na coordenação e compatibilização de projetos. Acompanhe mais no texto: Quais as etapas de um projeto de engenharia e arquitetônico?
Dito isso, é hora de explicar o corte e fachada do anteprojeto. Acompanhe.
Corte
O corte de um anteprojeto é o detalhamento de cada cômodo na planta. Por meio dele, é possível verificar melhor a altura dos elementos estruturais do ambiente, sua profundidade e detalhes como a distribuição de escadas.
Os cortes podem ser longitudinais ou transversais. O número necessário de plantas de corte vai depender do tamanho do imóvel.
Basicamente, o corte será feito de modo a visualizar o interior da casa por um de seus lados. Normalmente, são quatro cortes realizados (A, B, C e D), já que os imóveis costumam ser quadriláteros.
Fachada do imóvel
A fachada de um imóvel diz, logo de início, o que ele tem a oferecer. E isso vai além da decoração da estrutura: muito é comunicado pelo tamanho da porta principal, por exemplo.
O desenho de uma fachada é conhecido como planta de elevação. Ela é necessária não apenas para a aprovação do visual pelo cliente, mas também para a aprovação da obra pela Prefeitura.
Por isso, é preciso indicar no projeto aspectos como a localização da entrada principal do lote, o número de frentes do terreno, presença ou não de janelas e mais.
Vale dizer que a planta de elevação não é apenas da parte frontal do imóvel. Na verdade, é preciso apresentar o projeto de todos os lados da construção. Assim, haverá uma planta de elevação Norte, Sul, Leste e Oeste.
Exemplos de fachadas dos imóveis
Como o anteprojeto é apenas um projeto preliminar, você não precisa exatamente estabelecer o seu visual. Mas será importante ter em mente essa decoração frontal, pois isso vai afetar diretamente os projetos que virão depois. Assim como a construção do imóvel.
Listamos abaixo alguns tipos de fachadas que é possível optar por um imóvel.
Fachada Com Palete: um conceito sustentável, que reaproveitamento paletes para a decoração.
Fachadas Modernas: coloridas, com portas imponentes, de vidro, com muitas janelas e muitas outras opções.
Fachada Ventilada: neste caso, os revestimentos são aplicados na estrutura o imóvel mantendo uma distância uns entre os outros. Assim, eles permitem a circulação de ar e garantem isolamento acústico e térmico.
Fachada Minimalista: geralmente com tons claros e poucos detalhes aparentes.
Fachada Grega: com características como colunas, precisão nas linhas, cores claras e aplicação de grandes estruturas de vidro.
- Fachada com Telhado Embutido: o telhado embutido tá um visual mais elegante e limpo a qualquer fachada, podendo ser combinada com a natureza e muito vidro.
Agora você já sabe o que precisa para estabelecer um anteprojeto do imóvel. Não se esqueça que esse planejamento precisa de muito cuidado, pois ele será a base de toda a obra realizada depois.
Como explicamos ao longo do texto, também é fundamental que o anteprojeto seja 100% aprovado antes de estabelecer outros planejamentos do imóvel. Afinal, isso vai prevenir o retrabalho. Mas, principalmente, vai evitar desencontros entre o projeto inicial e a execução dos projetos hidráulico, elétrico e outros.