A Orquídea Vanda é uma das espécies da família Orchidaceae mais encantadoras, devido a beleza peculiar de suas flores vistosas, ao mesmo tempo, delicadas e de cores intensas. Assim, ela é famosa por unir graça e elegância, com suas flores quase sempre pendentes em cachos abundantes e raízes soltas no ar, sem precisarem estar plantadas em vasos.
Além da beleza, a Vanda é fácil de manusear, por isso é também uma das espécies mais procuradas e adquiridas, seja para presentear, cultivar em casa ou de forma profissional.
Vinda de uma família de orquídeas subdividida em mais de 1.800 gêneros e centenas de espécies (mais de 35.000) diferentes, a orquídea Vanda também se destaca com mais de 70 espécies só entre elas, em grande maioria epífitas e algumas litófitas.
Dependendo da espécie, suas flores possuem diferentes formatos e cores bastante diversificadas, que vão desde amarelo, rosa, marrom, azul, vermelho, vinho e roxos.
Originárias da Ásia oriental, mais predominantemente na região das montanhas do Himalaia, Índia, Filipinas, sul da China e norte da Austrália, essas espécies sobrevivem na natureza em florestas úmidas, bem próximas ao chão, protegidas da luz solar direta. Porém, também são encontradas em regiões pantanosas como os mangues, onde a umidade do ar é alta por conta da grande quantidade de água em volta, mesmo na ausência de chuva.
Assim, podemos dizer que a orquídea Vanda gosta de luz, calor e umidade, mas não se adapta a locais com incidência de luz direta. Em casa, quando cultivada com suas raízes livres, a orquídea Vanda precisa de um ambiente adequado com calor, luz indireta, boa ventilação, água e muita umidade.
Quer começar a cultivá-la? Então, continue lendo o artigo abaixo para saber tudo sobre a orquídea Vanda e começar agora mesmo. Confira!
Principais características da orquídea Vanda
A orquídea Vanda sp é um gênero da família das orquídeas Orchidaceae, que se destaca com mais de 70 espécies diferentes. Ela é considerada um dos gêneros especificamente mais adaptados ao cultivo e mais importantes comercialmente no mundo.
Por isso, suas espécies são largamente utilizada em hibridizações e comumente encontradas no mercado, sendo muito apreciadas por suas flores vistosas, perfumadas, duradouras e intensamente coloridas.
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As espécies mais importantes comercialmente são a orquídea Vanda coerulea (azuis), orquídea Vanda sanderiana (vinho) e orquídea Vanda dearei (amarelas).
O nome “Vanda” tem origem teutônica (alemã) e significa “peregrina”, proveniente do nome sânscrito para as espécies Vanda roxburghii e Vanda tessellata, devido a sua forma áerea de vegetar, uma característica bastante peculiar do gênero que as permitem se “movimentar” entre os galhos das árvores.
Provenientes da Ásia oriental, também são encontradas em regiões do Sudeste Asiático, nas montanhas do Himalaia, Índia, Indonésia, Filipinas, Nova Guiné, sul da China, norte da Austrália e algumas das ilhas do Pacífico ocidental.
Em sua grande maioria, as espécie de orquídeas Vanda são epífitas, porém às vezes litófitas ou terrestres, de ciclo de vida perene e crescimento monopodial com folhas muito variáveis de acordo com o habitat em que será cultivada.
Algumas espécies têm folhas planas, tipicamente largas, ovóides (folhas de fita), enquanto outras têm folhas cilíndricas (terete), carnudas e adaptadas a períodos secos.
Suas hastes também variam de tamanho com florações achatadas em uma inflorescência lateral, variando em muitas cores, desde amarelo, marrom, vermelho, azul, vinho, rosa com marcações ou pintas e labelo com um peculiar dente (esporão) em sua borda superior. As florações ocorrem mais de uma vez por ano, a cada poucos meses, e as flores costumam ser muito duráveis (duas a três semanas).
Curiosidades sobre a Orquídea Vanda
O gênero Vanda é um dos cinco gêneros de orquídeas mais importantes do ponto de vista horticultural, devido algumas das flores mais magníficas encontradas em toda a família das orquídeas.
O que contribuiu muito para o desenvolvimento de seus híbridos para o mercado comercial de flores de corte. A espécie de orquídea Vanda coerulea, por exemplo, é uma das poucas orquídeas que podem produzir variedades de flores azuis, uma propriedade muito apreciada na produção de híbridos interespecíficos e intergenitores.
No entanto, essa cor azul é na verdade um roxo muito azulado, pois a cor azul é muito rara entre as orquídeas. Apenas a orquídea Thelymitra crinita, uma espécie terrestre da Austrália, produz flores verdadeiramente “azuis” entre as orquídeas. Uma outra espécie é a orquídea Aganisia cyanea, uma espécie de planície do norte da América do Sul, muito difícil de cultivar, que produz flores metálicas azuis.
Ambas as espécies, assim como a Vanda coerulea, possuem uma matiz azul-púrpura para as pétalas internas das flores. Por isso, muitas espécies de orquídeas Vanda, especialmente a orquídea Vanda coerulea, estão em perigo de extinção, pela raridade e dificuldade de ser encontradas em habitat natural ameaçados de destruição.
A exportação de espécies selvagens da orquídea azul (V. coerulea) e outras espécies selvagens de Vanda é proibida em todo o mundo, uma vez que todas as orquídeas estão listadas no Apêndice II da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Extinção (https://www.cites.org/).
A espécie Vanda dearei é uma das principais fontes de cor amarela nos híbridos do gênero, e a Vanda “Miss Joaquim”, uma variedade terrestre e híbrido natural com folhas terete (cilíndricas), é a flor nacional de Cingapura.
Como cultivar orquídea Vanda
Normalmente, não é complicado aprender como cuidar de orquídeas. A orquídea Vanda, por exemplo, se adapta a diversos ambientes, por isso é muito utilizada em projetos de paisagismo e de decoração, em que possa ficar fixada em árvores, muros, canteiros, vasos e até suspensa no ar, desde que obtenham boa luminosidade e sob as condições necessárias para se desenvolver.
Tanto em ambientes externos quanto internos, em casas ou apartamentos, a orquídea Vanda deve permanecer próxima à claridade solar, evitando a sua incidência direta. Alguns paisagistas optam por colocá-las em vasos de vidro, exibindo suas raízes enroladas, mas a prática serve apenas para decoração e não é recomendada para o seu cultivo.
Somente para este fim, as raízes devem ser umidificadas antes e o vaso servirá apenas como um suporte de decoração, sem precisar colocá-las sobre substrato (brita, musgo, pedaços de madeira e afins).
A Vanda se multiplica por divisão da planta, preservando a estrutura completa das mudas, com folhas e raízes de grandes sistemas radiculares. Elas não possuem pseudobulbos, mas folhas coriáceas e resistentes à seca com hábito de crescimento monopodial similar à videira, podendo rapidamente se tornar maciças.
As espécies epífitas são melhor acomodadas em grandes cestas de madeira, enraizadas, que permitem os grandes sistemas de raízes aéreas, livres e soltas. É preciso tomar cuidados especiais durante o seu cultivo, principalmente com suas raízes após ficarem maduras, pois não toleram distúrbios ou danos em seus sistemas radiculares. As espécies terrestres de folhas de terete são muito fáceis de cultivar. Veja mais abaixo:
Cuidados especiais com a Orquídea Vanda
Como todos os gêneros e tipos de orquídeas, a Vanda também requer alguns cuidados especiais e às vezes, diferenciados, de acordo com cada espécie e forma de cultivo. De qualquer forma, os principais fatores a serem observados durante o cultivo da orquídea Vanda, são temperatura, luminosidade, ventilação e umidade do ar, são eles que determinarão o local ideal de cultivo, a quantidade de regas e adubação. Leia mais sobre eles abaixo:
Local ideal para a orquídea Vanda
Para que o seu desenvolvimento seja adequado e favoreça a floração, que costuma durar bastante, é preciso recriar o seu habitat natural no espaço de seu cultivo para que ela seja melhor adaptada.
No Brasil, o cultivar orquídea Vanda não é considerado difícil, desde que recriadas as condições do seu habitat natural, já que o clima tropical de seu local de origem é bem parecido com o nosso.
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Assim, a orquídea Vanda prefere locais frescos e sombreados, sempre à meia-sombra em substrato próprio para epífitas, como fibra e casca de coco, cascas de árvores, carvão vegetal, entre outros.
No entanto, após a floração o ideal é que permaneçam em locais menos sombreados e com mais luminosidade. Como são plantas de crescimento monopodial (crescem na vertical) e epífitas (entrelaçam suas raízes em outras plantas para se fixar), suas raízes aéreas devem ficar soltas, idealmente suspensas.
Como regar a orquídea Vanda
Para a orquídea Vanda se manter forte e saudável, garantindo floradas anuais, proporcionar uma nutricão adequada é muito importante. De um modo geral, as Vandas adoram água e devem ser regadas em abundância e de preferência todos os dias, principalmente se forem cultivadas em ambientes internos.
No entanto, elas não gostam de ficar molhadas, por isso o ideal é regá-las com um borrifador de água, mangueira ou aspersor sempre em forma de névoa e molhando abundantemente as raízes, 3 vezes ao dia.
A rega ideal deve ser sempre no início da manhã para que ela tenha tempo de secar até as próximas regas (em média, duas horas), mais para o final da tarde, principalmente no verão. Evite molhá-las quando estiverem com as folhas muito quentes pela exposição solar, pois o choque térmico pode causar pequenas lesões que podem provocar doenças.
Você pode também molhar o chão em dias muito quentes, para que a água evaporada deixe o ambiente mais úmido. No verão, temperatura acima de 35°C, procure regar mais vezes, já em regiões mais frias, abaixo de 12ºC, a rega não precisa ser constante. Se o frio permanecer por semanas, borrife a planta a cada dois dias, sempre pela manhã.
Evite também molha a orquídea Vanda da metade para cima, pois essa é a parte onde a planta cresce, emitindo sempre uma nova folha. Sendo assim, a água costuma ficar parada nessa região, aumentando o risco de ataques de fungos ou bactérias, além de pragas eventuais como as cochonilhas.
Leia mais: Como Regar Orquídeas: Saiba Como Mantê-las Sempre Belas
Como adubar a orquídea Vanda
Assim como a rega, a adubação também é uma forma de nutrição da planta, mas no caso da orquídea Vanda, não há uma regra única de adubação. Alguns adubam semanalmente com adubos orgânicos ou organominerais, pois são os que mais se aproximam da sua nutrição ideal.
Outros adubam com o dobro da dose recomendada, adubam duas vezes com a dose correta ou adubam de forma homeopática, incluindo o adubo na água da rega.
O importante é que os adubos sejam alimentos completos para plantas. A adubação é importante, pois deve sempre fornecer todos os nutrientes, para evitar que a planta apresente alguma deficiência ou ficar vulnerável a ataques de pragas e fungos.
Ventilação (circulação de ar) ideal
A ventilação é um fator super importante, pois além de facilitar as trocas gasosas da planta também diminui a intensidade do calor, diminuindo a temperatura do ambiente. Um ambiente arejado é essencial para a orquídea Vanda, para que ela seque rápido e fique livre de doenças, pois o vento também leva embora o acúmulo de microorganismos.
Quando as Vandas são bem fixadas nas árvores, elas podem suportar ventos fortes, mas quando suspensas, é necessário protegê-las das rajadas de vento, assim como em temperaturas mais baixas.
Temperatura ideal para a Vanda
A orquídea Vanda é bastante resistente e pode viver bem em temperaturas variadas entre 12°C a 40°C. No entanto, em dias mais quentes, a ventilação é importante para equilibrar o calor, ou elevar a umidade do ar.
Vandas em temperaturas inferiores a 15ºC até 4°C, mesmo que por um curto período, podem perder os botões e parar o crescimento momentâneo das raízes. A temperatura muito baixa provoca uma espécie de hibernação na planta, fazendo-a entrar em estado de repouso ou estagnação por vários meses, sem crescer e nem dar flores, só retomando o seu metabolismo depois.
Abaixo dos 10ºC o risco de debilitar a planta é ainda maior. Portanto, proteja-a do vento durante dias de frio for intenso consecutivo.
Em regiões frias, não molhe a planta em temperaturas abaixo de 12°C, e se o frio permanecer por semanas, estabeleça um ritmo de uma rega a cada dois dias sempre pela manhã.
Leia mais: Plantas que se adaptam melhor ao clima frio
Luminosidade ideal para a Vanda
A luminosidade é muito importante para o cultivo da orquídea Vanda, pois ela necessita de luz para florescer e crescer saudável. Caso a sua Vanda não esteja florescendo, provavelmente é porque não está recebendo luz suficiente.
A orquídea vanda costuma florescer com sombreamentos em uma escala de 70% de sombra a sol pleno, podendo se adaptar bem a locais com telas ou sombreamento que deixam passar 40% da luminosidade do sol.
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Além de impedir que floresçam, a baixa luminosidade para as Vandas pode causar:
- Folhas verdes muito escuras;
- Ausência ou baixo índice de floração por mais de um ano;
- Enfraquecimento da planta com perda de folhas;
- Sensibilidade a doenças.
Já os sintomas de excesso de luz podem apresentar folhas amareladas ou com queimaduras, perda de folhas e algumas vezes desidratação.
No entanto, há espécies de orquídeas Vandas, como Mokara e Renantera, que podem ser cultivadas em jardins, ao ar livre em luz direta do sol. Enquanto outras Vandas, devem ficar protegidas do sol pelos galhos de árvores ou em locais onde a luz solar não incida nos períodos mais quentes do dia.
Leia mais: Orquídeas que gostam de sol
Como fazer a Vanda florir
As Vandas são famosas pelas suas florações exuberantes, podendo florescer até quatro vezes ao ano e a cada florada trazer mais flores em suas hastes, que costumam durar até quase 30 dias.
Elas podem produzir poucas ou muitas flores, achatadas, que surgem de uma inflorescência lateral nas axilas das folhas, devido ao seu crescimento monopodial apenas para cima, uma folha após a outra formando uma brotação muito ornamental, onde algumas plantas podem chegar até a três metros de altura.
Mas para que a sua floração seja adequada, a orquídea Vanda depende da quantidade de luz solar recebida, que deve ser indireta. Outros cuidados também durante essa fase são importantes, como evitar borrifar adubo na planta quando os botões já estiverem definidos.
A mesma regra também vale para as flores, pois o sal do adubo associado ao sol e o calor podem provocar queimaduras nas pétalas, prejudicando-as.
A orquídea Vanda pode ter flores de menos de um centímetro até variedades com 14 centímetros de diâmetro. As variedade das cores de suas flores são a sua principal característica, que vão desde o amarelo, marrom, vermelho, azul, vinho, rosa, branco, violeta, escarlate, laranja e coerulea (roxo azulado).
Normalmente, são muito comuns os riscos finos, marcações ou pintas de uma única cor ou mescladas de mais de uma cor, com um labelo peculiar em forma de dente em sua borda superior.
O cultivo profissional de Vandas e seus híbridos
Atualmente, orquídeas Vandas estão entre os cinco gêneros comerciais de orquídeas mais importantes do mundo todo, sendo que a Tailândia é um dos maiores produtores mundiais do gênero, seguido dos EUA (Flórida) e a África (Durban), que também produzem Vandas em larga escala.
Isso ocorre porque as orquídeas Vandas possuem características comuns entre si, que favorecem os cruzamentos e a formação de uma infinidade de híbridos. Vandas híbridas hoje, podem emitir quatro florações anuais sem data específica, e conseguem sustentar mais de duas hastes durante uma única floração.
Isso faz da Vanda uma orquídea sensacional para quem deseja se dedicar ao seu cultivo comercialmente ou não. Pois, se o cultivo for adequado, ela será capaz de dar resultados rápidos e frequentes.
As espécies comerciais mais importantes são a Vanda Coerulea (orquídea azul), Vanda Sanderiana (orquídea vermelha/vinho) e Vanda Dearei (orquídea amarela).
Veja algumas imagens abaixo para se inspirar ainda mais na orquídea Vanda e suas flores vistosas de cores vibrantes!