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Planejamento de Obras: O que é? Como fazer?

O planejamento de obras nada mais é do que a programação de todo o processo de construção ou reforma que irá se iniciar. Ele é fundamental porque permite que os projetos saiam do papel da forma mais correta possível, garantindo a segurança da edificação.

Ao mesmo tempo, um planejamento otimiza o tempo da obra. Isso porque, com tudo detalhadamente programado, torna-se mais fácil executar cada passo. Ademais, essa organização permite o cálculo de todos os gastos envolvidos. Este aspecto é essencial, pois evita que os custos se tornem um impedimento para finalização do projeto.

Tão importante assim, é compreensível que o planejamento de obras requeira um passo a passo rigoroso. Acompanhe no texto como fazer a programação da sua obra!

Como fazer o planejamento de obras?

1. Estabeleça um objetivo

Quando resolve construir ou reformar, o consumidor costuma já ter em mente o que deseja. Um imóvel com dois quartos e piscina, um edifício com três andares, um piso novo m cerâmica para a cozinha…. É assim que uma obra nasce. Dessa forma, antes de qualquer outro passo, é fundamental estabelecer o objetivo da façanha.

Além de estabelecer o desejado, o consumidor pode desenhar o que imagina como o final da construção. Caso seja um novo imóvel, faça uma planta baixa básica, com a divisão dos cômodos (saiba como desenhá-la aqui). Se o objetivo for a pintura ou um novo piso, buque referências na internet. O importante é munir-se do maior número de informações visuais possível. Isso vai facilitar que o profissional da área estabeleça o projeto de execução detalhado. Afinal de contas, é mais fácil mostrar do que apenas narrar o que se deseja.

2. Contrate um profissional

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Por mais que sua planta baixa esteja detalhada, ela provavelmente passa bem longe de um projeto executável. Afinal, é necessário conhecer uma série de cálculos, materiais, símbolos e outros para estabelecer um planejamento real. Logo, é essencial contratar um engenheiro para obra, que poderá estabelecer todo o necessário para tirá-la do papel.

Uma reforma, mesmo que pequena, também requer o auxílio de um profissional. Imagine que você resolva trocar o piso da cozinha por conta própria. Faz os cálculos que considera corretos, compra o material e inicia sua instalação. Esquece de considerar, contudo, a expansão natural do material, e instala uma peça muito próxima da outra. O resultado pode ser um desastre, e requerer todo um novo processo para o ajuste do erro.

Entre as funções do engenheiro, ou mesmo do arquiteto, estarão a análise do local da obra. Isso significa considerar os aspectos do terreno, da incidência solar, os arredores da área, drenagem da água e mais. Cada aspecto do ambiente e dos materiais que serão utilizados terá enorme impacto sobre o resultado da obra.

Como citado, também será o profissional o responsável pela produção dos desenhos em linguagem técnica, de modo que eles possam ser executados. Ao mesmo tempo, ele poderá prever os insumos necessários e calcular as quantidades de cada um.

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A previsão completa dos gastos permite, primeiro, avaliar o orçamento. Isso vai garantir que haja dinheiro para a conclusão do projeto. Ademais, quando todos os insumos são considerados, o consumidor pode adquiri-los de uma só vez. Isso geralmente gera descontos na loja de materiais de construção.

Finalmente, o engenheiro/arquiteto também pode auxiliar na legalização da obra. Qualquer tipo de construção requer a autorização da Prefeitura para ser realizada. Afinal, ela modificará o visual do município, devendo ser fiscalizada e tributada.

3. Pense em seu bolso

Ao estabelecer um projeto, o engenheiro ou arquiteto precisa conhecer o quanto você está disposto a gastar. Dessa forma, pode pensar em soluções de matriais e configurações do imóvel que se encaixem no seu plano financeiro.

Você, consumidor, deve considerar, inclusive, que terá mais gastos do que o realizado com insumos. É preciso arcar com mão de obra, taxas municipais e até imprevistos. Assim, antes de mais nada, reserve parte do dinheiro guardado para esse tipo de gasto. Em seguida, subtraia essa previsão do total poupado, e só então informe o valor disponível ao profissional.

Com o dado em mãos, o especialista deverá entregar um projeto inicial. Depois, poderão ser feitas adaptações, até que o planejamento agrade ao consumidor e, ao mesmo tempo, se encaixe no orçamento. Por isso, aliás, a pesquisa de produtos no mercado, passo seguinte, é tão importante.

4. Pesquise os valores de mercado

Com o plano definido e os insumos necessários calculados, o consumidor deve adquirir os materiais de construção. Esse passo, contudo, requer paciência: nada de comprar na primeira loja que encontrar! Os produtos necessários são diversos, e o orçamento de cada um deve ser feito em várias lojas. A pesquisa permite encontrar valores mais baratos, ou mesmo promoções.

Sempre que possível, é também interessante adquirir todos os produtos de uma vez. Quando os insumos são obtidos em grande quantidade, é comum que o vendedor ofereça descontos – especialmente se a compra for realizada à vista.

5. Programe o estoque

Outro aspecto essencial do planejamento de obras é estabelecer um local para estoque dos insumos. É necessário guardar cada material protegido da chuva e do sol. Isso porque, os fatores naturais podem afetar a qualidade dos insumos, prejudicando a obra como um todo. Ao mesmo tempo, mantê-los expostos pode gerar desperdícios.

Imagine, por exemplo, que você deixe a areia ao ar livre, e caia uma tempestade no meio da noite. Metade do material será lavado pela água, tornando necessário a compra de uma nova leva do produto. Mais do que atrasar a construção, isso infla o orçamento previsto, podendo causar problemas financeiros.

Caso não haja espaço específico para o armazenamento do material, uma saída interessante é solicitar a entrega fracionada dos produtos. A cada novo insumo necessário no canteiro, o consumidor solicita o frete à loja, e o material é logo utilizado. Assim, não haverá grande preocupação em relação à sua estocagem.

Quando a obra é uma reforma, é igualmente importante considerar a necessidade de remanejamento dos móveis posicionados no cômodo. É necessário pensar onde guardá-los, e proteger as regiões ao redor contra a poeira. Assim, os utensílios serão preservados para o uso posterior.

6. Organize as atividades

Com todos os insumos adquiridos, e a mão de obra contratada, é hora de planejar a execução de toda a construção ou reforma. Isso significa estabelecer, especialmente, um cronograma para cada etapa do trabalho. Mais do que obrigar os trabalhadores a cumprirem prazos, as previsões permitem a organização do dia a dia, e que o consumidor saiba quando poderá contar com o espaço novo.

Para essa definição, é interessante, novamente, contar com o auxílio do engenheiro da obra. Com experiência no assunto, o profissional terá maior facilidade em estabelecer os prazos necessários para o cumprimento de cada etapa do processo. Sempre que possível, é interessante estabelecer, inclusive, a divisão dos serviços entre os trabalhadores, pois isso otimizará os serviços.

Ademais, esse cronograma permite calcular o quanto será gasto com o pagamento da mão de obra. Por este motivo, aliás, é importante realizar o cálculo logo nas primeiras etapas da obra. Assim, suas economias serão avaliadas segundo todas as necessidades do projeto. Caso necessário, o plano poderá ser modificado para a adequação ao orçamento disponível.

7. Conte com os imprevistos

Lembre-se, de qualquer modo, de sempre reservar valores extras. Não apenas para o pagamento de taxas, como citado, mas também para imprevistos. Há situações, por exemplo, em que o material não é suficiente. Não por um erro de estimativa, mas porque parte dos insumos costuma ser desperdiçado durante a obra. Alguns tijolos, por exemplo, se quebram.

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Logo, é fundamental ainda contar com valores para a compra de novo insumos, ou para o pagamento de mais alguns dias de mão de obra. Do contrário, a obra terá que ser interrompida.

8. Acompanhe a execução

Após todo o planejamento bem-feito, será hora de realizar a obra. Nesta etapa, é fundamental que você, consumidor, acompanhe sua realização de perto. Afinal de contas, ninguém mais do que o dono do imóvel terá o zelo em obter um bom trabalho.

Por isso, visite o canteiro da construção ou reforma regularmente, sempre observando de forma detalhada o trabalho dos profissionais. Um erro ou mau acabamento verificado ainda durante a execução do trabalho é mais fácil de ser consertado do que quando a mesma condição é percebida apenas após a entrega da obra.

Tomemos um exemplo: a má instalação do piso pode resultar em um pavimento oco e frágil. Caso perceba isso antes da finalização da construção, o cliente pode requisitar ao trabalhador o ajuste imediato. Por outro lado, se o erro for verificado apenas após a entrega, o processo será muito mais complexo. Isso uma vez que a quebra de uma pedra do piso poderá afetar todas as outras, além de ser comum a necessidade de um prazo maior, pois muitas vezes os trabalhadores emendam uma obra na outra.

Com todos estes cuidados, realizar o planejamento de obras será fácil, fácil. Além de que, é claro, o resultado da sua construção, ou reforma, será muito mais agradável e bem executado.

Leitura complementar: Execução De Obra; Gerenciando Sua Obra Do Jeito Certo!